Poema ao Grande Mistério


Caiu o silêncio 
E veio a noite 
Soprou o vento
E min’alma gritou
Rouca.

Donde me vem toda essa angústia?
Que as vezes me paralisa
As vezes me faz gritar 
Me anestesia 
E faz toda dor romper em lágrimas.

Olho para um abismo
Que há dentro de mim
E tenho medo dele me engolir.
Procuro um amparo fora
E apenas vejo
Outros abismos
Que como eu
Vivem na sombra da ilusão 
No castelo de suas ignorâncias.

Donde me vem o socorro?
Da luz que ofusca
E embaça
Meus olhos 
Tão habituados a cegueira.

Da Grande Vida que pulsa
Do Grande Grito que rompe toda surdez
Do Mistério que envolve
Sem se revelar
Que toca
E traz paz à alma perturbada 
Que se revela 
Como poema do Eterno
No palco do tempo.

É Ele a Verdade
A Vida
O Caminho
Donde fora Dele
Não existe nada
E onde Nele
O Ser se revela
E desvela a existência...
(Felipe Catão)



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