Reggae a vida com amor
Quando eu era criança meus primos tinham uma banda de rock e outra de
reggae eu cresci entre batuques de bateria e sons de guitarras, ainda me lembro
das tarde de domingo que não tinha para onde fugir, mas ninguém queria fugir
eram os primos no estúdio improvisado no quarto de um deles tocando O Rappa e
quando aos sábado pela manhã era o radio que desempenhava o papel de transmitir
boas energias com o reggae.
A minha família respirava reggae, eu vivia para ouvir aquelas letras, eu
aprendi a sentir a sintonia a energia, absorver a positividade, eu cresci em
uma religião chamada reggae, nos dançávamos, cantávamos, tocávamos, nos distraímos
ao som de um reggae, na aquela época (2004/2006) na escola quase ninguém ouvia
falar sobre reggae, eu era vista como a estranha por que as crianças da minha
idade gostavam de pop e reggae era coisa de velho. O tempo foi passando e
descobrir que existiam amantes de reggae fora de casa, minha primeira grande
amiga que não tinha meu sangue foi uma hippie que fugiu de casa com 17 anos
para viver de sua arte pelo mundo, ela me prometeu voltar, ela voltou só falta
me levar junto, nos passávamos às tarde depois das aulas de teatro ouvindo
reggae, dançando, discutindo liberdade e tentávamos entender um pouco de Nietzsche,
liamos o viajante e sua sombra.
Um dia quando me sentir sozinha eu via pessoas que diziam gostar de
reggae só por que fumava maconha, aquilo era inadmissível como alguém dizia
sentir reggae só por modismo? Agiam como idiotas, mas graças a Deus essa
minoria migrou para o LSD e há essa hora estão ouvindo trance, o pior ainda não
era isso o pior era ouvir que reggae era musica de drogados, as pessoas
acabavam associando o reggae como uma apologia as drogas, o engraçado foi ouvir
que Bob Marley cantava só sobre maconha, acho que essa pessoa nunca tinha lido
as letras dele, ele falava sobre amor, sobre a paz mundial, é claro que existem
músicos de reggae que cantam sobre maconha, mas não é apenas maconheiros que ouvem
reggae e não é apenas reggae que fala sobre maconha.
De todos da minha família a mais ignorante de espirito foi minha mãe que proibia seus filhos de ouvir
reggae, mas particularmente foi o reggae que me ensinou a ser quem sou hoje,
foi ele quem me educou e se eu sou alguém do “bem”, alguém “que faz o bem”, “que
prega sobre o bem” como minha mãe diz, por que para min o bem e o mal são
apenas uma regra que nos seres humanos inventamos para julgar alguém , uma
certa vez eu estava no ônibus e uma senhora entrou e disse que estava
na fundação CECON (centro de controle de oncologia do Amazonas) e pedia
dinheiro para comprar fralda para sua irmã que estava internada por conta de um
câncer de cólon de útero, eu estava sem dinheiro pois tinha usado todo meu dinheiro
para comprar café da manhã, todos os dias eu comprava meu café da manhã e
tomava no ônibus pois não tinha tempo de parar em casa, então aquela senhora
sentou ao meu lado, e eu percebi que ela estava com fome, pergunte se ela
queria que eu dividisse meu café com ela, ela aceitou no fim agradeceu-me e
perguntou quem tinha me ensinado a ser solidaria, eu não respondi porem aquela
pergunta ficou na minha cabeça “Quem me
ensinou a ser solidaria?” na escola ninguém me falava do assunto, minha mãe
nunca me disse que eu deveria ter compaixão com o próximo, eu lembrei das
minhas raízes, o reggae, foi ele, recordei da parte da musica do que valem os
dreads da banda Ponto de equilíbrio que diz: “Ama todos os seus irmãos como o
sol a os iluminar, sem nada pedir em troca, nem ao menos um olhar, uma arvore
sem raiz não fica de pé o que adianta saber sua historia se não busca a fé” eu
sou a prova viva de que a musica educa e pode influencia então larga seus
conceitos ou melhor teus preconceitos e vem sentir um reggae.

Isso mesmo...a musica tbm educa.
ResponderExcluirQuando escuto música parece q tudo fica mais facil mais leve..
O Rock e o Reggae são minhas paixões. ♡♡♡