Deixa eu te indicar um livro: Uma Relação perigosa.
Quem
me conhece sabe muito bem como me identifico com o existencialismo de Jean-
Paul Sartre e de Simone de Beauvoir, não só o existencialismo de Beauvoir, mas
também seu feminismo, para quem não conhece muito bem os dois, irei dar uma
breve biografia (Jean- Paul Sartre: Filosofo, existencialista, escritor,
critico francês, estudou na Sarbone, ativista e militante de esquerda, recusou
receber o premio Nobel da paz. Simone de Beauvoir: Escritora, Filosofa,
existencialista, professora francesa, Feminista,estudou na Sarbone junto a
Sartre, ambos tinham um relacionamento aberto).
Quem
me conhece muito mais, sabe que eu gosto bastante de biografias, e o livro que
vou indicar hoje, é uma biografia romanceada desses dois, escrita pela Carole
Seymour – Jones, o nome do livro é “Uma relação perigosa” que tem um pouco a
ver com aquele outro livro chamado “ligações perigosas”, pois a relação dos
dois é envolvente, cheia de teias de ligações, um amor onde liberdade é tudo e
ensina que lealdade nem sempre tem a ver com relacionamentos convencionas
burgueses, a Carole escreve de uma forma tão envolvente que nos deixa dentro
não só da vida dos dois amantes, mas também com o contexto histórico daquela
época, antes, durante e pós segunda guerra, e nos faz compreender que o amor é
deixar o outro livre, até mesmo para relacionamentos casuais.
Sartre
e Simone mantinham um relacionamento aberto onde ambos eram livres para se
envolver com quem quisesse, mas contavam tudo (nem tudo) um para o outro, ela
não escreve só as flores desse relacionamento, mas como era se arriscar em uma
relação assim, mesmo amando e tendo ciúmes um do outro, até mesmo nas façanhas
de Simone e Sartre conseguimos compreender, mostra também como era a vida
desses dois filósofos, seus momentos de crises existenciais e crises de escritores,
um livro que vai além, com profundida, lealdade e realidade sobre a biografia
desse relacionamento.
O
livro também relata o quase fim, a reviravolta, quando ambos estão quase a por
um fim nesse relacionamento por conta de relacionamentos que deveriam ser
casuais, mas acabaram por se envolver de uma forma a quase tomar o lugar de
necessários. A Simone manteve relacionamento com algumas mulheres e de alguma
forma ela fazia com que essas mulheres se envolvessem com Sartre, criando assim
uma teia de relacionamentos, quando ela via que estava perdendo seu lugar de
prestígios de alguma forma, ela interrompia essas relações.
Os
dois são bastante influentes, não apenas para o movimento de esquerda, mas para
o feminismo, e o livro nos deixa á par do que era lutar contra um sistema
machista em uma época, onde as mulheres nasciam apenas para criar filhos e
esperar frustradas seus esposos em casa, relata todo o caminho percorrido pelos
escritores até chegar a obras como; As moscas, O segundo sexo, existencialismo
e humanismo e entre outras obras do casal.
A
parte que me tocou mais no livro foi parte cinco: A cerimonia do adeus, que relata
o fim da vida de Sartre e como isso afetou Simone.
“A
morte dele nos separou. Minha morte não vai nos reunir [...]. É esplendido que
tenhamos sido capazes de viver nossas vidas em harmonia por tanto tempo”.
Simone de
Beauvoir .

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